Transmissão da Covid-19 entre crianças é baixa, dizem especialistas da Fiocruz

Numa pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade da Califórnia (UCLA) e London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM), consta que crianças e adolescentes estão mais propícios a serem infectados pelo Novo Coronavírus através dos adultos. Após análises e discussões a respeito, recentemente, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (MG) decretou a volta às aulas para os alunos do primário, o que trouxe certo alívio e segurança para muitas mães que já não sabiam mais o que fazer para manter os pequenos se sentindo bem dentro de casa.

Desde o início da pandemia da Covid-19 no país, milhares de trabalhadores tiveram que trocar o local de trabalho e passar a trabalhar remotamente, a fim de diminuir o contágio da doença. E dentre aqueles que entraram para o grupo do home office, estão as crianças.

Um dos grupos que mais sentiu os impactos dessa nova forma de trabalho, foram as mães com filhos pequenos em casa. Isso porque, as crianças em idade escolar necessitam de muita atenção e, principalmente, supervisão. Com tantos afazeres do lar e da vida profissional, o estresse e a preocupação têm sido culminantes na vida de muitas mães.

Com as aulas em regime online, as mães precisaram acompanhar os filhos durante esses momentos, ou pelo menos certificar de perto que a criança está prestando atenção nas explicações, entendendo e cumprindo com a sua obrigação e realizando todas as tarefas propostas.

“Também precisamos parar várias vezes para garantir a alimentação, higiene, o cuidado dentro de casa, visto que o nível de estresse dos pequenos subiu nesses tempos de isolamento, o que em certos casos levam algumas crianças a deixarem a casa – e até mesmo as mães, de cabeça para baixo”, revela a empresária e mãe, Márcia Machado.

Certamente, a maioria das mães está chegando ao seu limite nas emoções. Ainda assim, existe a preocupação sobre como os filhos estão em casa, se estão cumprindo com as tarefas ou sendo bem orientados. Inclusive, alguns têm registrado reclamações diariamente aos pais, pelo fato da pouca idade, é difícil entender o porquê ficar praticamente 24 horas em isolamento social durante tanto tempo. Alguns têm se sentido deprimidos e desmotivados a estudar no lar.

A volta às aulas chega a ser um clamor urgente em muitas casas. O anúncio do retorno das crianças de 0 a 5 anos e 8 meses (agora, com ampliação para os de até 8 anos de idade) para a escola presencial (respeitando as regras de distanciamento social e tomando todos os cuidados possíveis com a higiene dos docentes e alunos), traz alívio para as mães, que se encontravam preocupadas com o desempenho dos filhos.

“Ouvimos relatos diários sobre como é difícil acompanhar a vida escolar do filho e ainda arcar com todas as responsabilidades maternas. Agora, imagine essa situação durante uma pandemia, com escolas paradas, alto índice de desemprego e com elas precisando tomar conta de tudo isso 24 horas ao dia?”, questiona a empresária.

Cuidados precisam continuar 

A volta às aulas chama atenção para a importância de continuar os cuidados em casa, pois, assim o contágio pode ser evitado e o retorno à classe acontecer por completo. Marcia elucida que “a criança precisa entender que a máscara tem que ser usada todo tempo, como o álcool em gel deve ser utilizado corretamente e a importância do distanciamento”.

Vale salientar também que é preciso orientar os garotos e garotas dentro de casa sobre o seu comportamento na escola e ruas de modo geral, como, não compartilhar os objetos com os coleguinhas, tirar a máscara apenas na hora das refeições e caso se sinta mal (falta de ar, ou qualquer outro tipo de desconforto), se direcionar ao professor imediatamente. Assim, eles se protegem e cuidam também de quem ficou em casa.

Fonte: Márcia Machado, empresária, influenciadora digital e moderadora do Grupo Amor de Mãe BH. Casada, mãe de 2 filhos e boadrasta de outros 2.


atualizado em 13/05/2021 - 17:06

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